06 abril 2013


    As lembranças… aquelas memórias, ora felizes, ora tristes que nos assombram. Fantasmas que nos irão acompanhar secretamente, não dando nas vistas, para atacarem inesperadamente, quando a vulnerabilidade nos dominar. Apoderam-se de nós, pintam um passado perfeito, um passado ao qual todos queremos voltar. E fazem-nos desesperar. São elas, as lembranças, as principais causadoras da saudade: o sentimento mais temível, mais horrendo, mais presente. E tanto as tentamos esquecer, que acabamos por nunca o conseguir. Terminamos com sentimento inexplicável de querer voltar. Um sentimento que nos impede de viver o presente com a mesma essência que vivemos anteriormente. Um sentimento que nos destrói, que nos domina. E nós temos que o vencer, temos que encarar o presente com um sorriso, temos que deixar de ter tantas expectativas para o futuro, porque a verdade é que os momentos que não são planeados sabem melhor do que aqueles que já esperamos. Os momentos que nos surpreendem são aqueles que se alojam na nossa memória e permanecem… para sempre, sem alterações, sem disfarces. E poderemos olhar para eles com o ar de satisfação de não termos deixado nada por fazer, nada por dizer, de termos sido felizes, de termos aproveitado cada segundo disponível.

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