22# carta para um estranho.

Dear pessoa desconhecida,
és indefinida, e diferente. Posso já me ter encontrado contigo na rua, mas a nossa passagem não passou de uns olhares indiferentes e frios. Não sei o que fazes, nem se alguma vez o irei saber. Não sei como és, mas talvez, se eu me sentasse ao teu lado num banco a falar, eras quem melhor me percebia.
Temos mundos diferentes, vidas diferentes, giramos em torno de nós mesmos. Gostava de te conhecer, talvez ! Talvez se te conseguisse identificar neste mundo de estranhos e desconhecidos pudéssemos ser grandes amigos, talvez ! Mas os talvez são incertos, como o futuro, e talvez nos junte, ou não !
Quem és ? O que fazes ? Como és ? De que gostas ? Meras perguntas que servirão para mudar de estranhos, para simples conhecidos.
Tu para mim, és um estranho, para outros és conhecido, para mais alguns és amigo, confidente, e para outros, família. Tal como eu sou para ti, e para mais uns quantos, estranha ! E eu, tal como tu, também tenho colegas, conhecidos, amigos e família. Temos várias missões, vários graus para várias pessoas, podemos ser tudo, e ser nada ao mesmo tempo. Um mundo estranho, tal como nós, estranho e indefinido (:
Podemos ser diferentes, mas tu e eu, meu estranho, somos iguais !