Todos nascemos e
vivemos. Vivemos o máximo possível, experienciamos vidas, histórias, somos
felizes, umas vezes, tristes, outras. É a lei da vida. A lei a que todos nos
sujeitamos, aquela que respeitamos, aquela em que nos refugiamos.
Por vezes,
sentimos necessidade de rever a nossa jornada e, enquanto assistimos,
deparamo-nos com um pouco de tudo, mas o que nos chama mais a atenção são as
ruínas. Sim, as ruínas! Elas estão lá para representar algo que o coração
tentou destruir, mas, estas eram mais fortes e permaneceram de pé, embora com
pequenos problemas. Ou seja, as ruínas são o passado que tentamos esquecer, mas
sem sucesso, pois ele tem algo para nos ensinar, para nos lembrar que podemos
ter sido infelizes numa altura, mas, que, em cada minuto de tristeza, existiram
dez de alegria. E, se escutarmos em silêncio, conseguiremos ouvir as mais belas
histórias e experiências, que nos fazem sonhar, sonhar e perceber que o
impossível se torna possível, se apenas quisermos ser bem-sucedidos, se
lutarmos e confiarmos em nós mesmos e principalmente, se não desistirmos.
Apesar disso, muitos
ainda continuam duvidosos se as ruínas terão mesmo um papel importante na nossa
vida. Aí, eu pergunto: Gostarias de ter uma vida em que não te lembrasses de
nada, das felicidades, do que aprendeste com os erros e os voltasses a cometer,
vezes e vezes, magoando-te sempre nos mesmos locais, abrindo feridas antigas de
que tu próprio não tens memória? Gostavas de não te lembrares do quanto foi bom
sorrires com quem te acompanhou sempre, nos bons e maus momentos, o quanto isso
significou para ti? Gostavas de te esquecer de quem te consolou nas lágrimas
derramadas, só porque o teu coração foi suficientemente forte para abater as
tuas memórias da tua cabeça, do teu viver? De esquecer quem amaste?
Então, agora
imagina-te sem as bases que te fizeram crescer, sem o dito passado e as ditas
ruínas que nos ‘assombram’ para o resto da vida. Imagina que, por não
existirem, tu desistias dos teus sonhos facilmente, esquecias-te do que era ser
feliz. Afinal, isso não seria nascer e viver. Isso seria nascer e morrer…
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